domingo, 10 de novembro de 2013

Massa se despede da Ferrari diante de 15 mil em Mugello: "É uma parte muito importante da minha vida" Aplaudido de pé por mais de dez minutos, brasileiro relembrou principais momentos com o time italiano, apontou saldo positivo em casamento de oito temporadas e confessou frustração com campeonato de 2008: "Ainda penso em Cingapura, em Budapeste..."


A despedida oficial de Felipe Massa da Ferrari ocorre apenas no próximo dia 24, quando o brasileiro encerrar sua participação no GP do Brasil, última prova da temporada 2013 da F1. No entanto, neste domingo (10), o brasileiro recebeu uma festa de despedida da equipe italiana em Mugello, em cerimônia repleta de homenagens e lembranças.
Mais de 15 mil pessoas estiveram presentes no chuvoso circuito ferrarista – o mesmo no qual Felipe guiou pela primeira vez um carro de F1, em 2001, pela Sauber. O público, que lotou as arquibancadas da reta principal, aplaudiu o brasileiro de pé por dez minutos, em um claro sinal de gratidão aos serviços prestados ao longo das últimas oito temporadas.
Emocionado, Massa relembrou os principais momentos de seu casamento com a Ferrari e, em seu balanço geral, reconheceu que foi uma boa união. "Eu tive sorte. Tive uma grande carreira com a Ferrari, mais do que eu jamais havia sonhado no início da carreira", disse.

Felipe Massa no adeus à Ferrari, em Mugello (Foto: Ferrari)
"Quando comecei a correr no kart, ainda criança, eu tinha uma jaqueta vermelha da Ferrari, foi a equipe pela qual sempre torci. Mesmo quando [Ayrton] Senna estava na McLaren e [Nelson] Piquet na Williams, eu estava torcendo para a Ferrari!", confessou.
"Começamos nosso relacionamento em 2001 e corri para eles por oito temporadas, o que é uma parte muito importante da minha vida. Tenho muitos amigos aqui e vou sentir falta deles, assim como dos bons dias que passei na fábrica de Maranello. Estou feliz pela forma com a qual meu período com o 'cavallino rampante' chegou ao fim."
Massa também relembrou o auge de sua carreira na Ferrari – e, por consequência, na F1: a vitória no GP do Brasil de 2006 – a primeira de um brasileiro em Interlagos desde o triunfo de Senna em 1993 – e o campeonato de 2008, no qual chegou a ser campeão por quase 30s. O piloto admitiu que os episódios do GP de Cingapura, quando fez a pole e liderava até a mangueira de combustível ficar presa em seu carro, e do GP da Hungria, quando dominou a prova até seu motor estourar na penúltima volta, ainda lhe assombram.
"São lembranças que eu sempre vou levar comigo, assim como tantos outros belos momentos que passamos juntos, a começar pelas vitórias, como por exemplo, as vitórias em Interlagos, porque para um brasileiro, ganhar sua corrida 'em casa' é algo incrível."
"Claro, o sonho maior fugiu do meu alcance, ou seja, a conquista do título mundial na frente da minha torcida, mas não foi naquela corrida que perdi o título de 2008: quando você é vice-campeão, o momento-chave pode ter sido em vários outros lugares diferentes. Ainda penso em Cingapura, por exemplo, ou Budapeste...", confessou o brasileiro.
Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, exaltou a maneira cordial como o casamento entre piloto e equipe chegou ao fim. "Quando se faz uma separação de comum acordo, com o melhor interesse de ambas as partes, se pode fazer isso com calma, amistosamente e de maneira construtiva, como tem sido o caso desta vez", completou o italiano.

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