terça-feira, 29 de janeiro de 2013


Obama está disposto a enviar sua própria proposta migratória ao Congresso


Washington, 29 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira que, se o Congresso não atuar em breve sobre uma reforma migratória, enviará sua própria proposta que garanta 'um processo justo' que permita aos imigrantes ilegais 'ganhar' o direito à legalização e a eventual cidadania.
Durante um discurso em Las Vegas, Obama delineou sua proposta para uma reforma que inclua o fortalecimento da segurança fronteiriça, uma via para a eventual legalização e cidadania dos imigrantes ilegais e sanções para empresas que contratem com pleno conhecimento os imigrantes ilegais.
Além disso, um sistema para verificar o status migratório dos empregados, e melhorias no atual sistema para que os EUA sigam atraindo talentos de outros países.
Obama disse que os que queiram ganhar a legalização terão que submeter-se a uma revisão de antecedentes penais, pagar uma multa e impostos, aprender inglês, e 'ficar na fila' para tramitar a residência permanente.
O líder reconheceu que a imigração sempre causou grandes divisões, mas considerou que a reforma migratória 'está ao alcance'.
'Estes 11 milhões de homens e mulheres estão aqui... e são parte do tecido social de nossas vidas', assegurou Obama, ao destacar também as contribuições dos estrangeiros à economia.
Nesse sentido, Obama assinalou que os imigrantes contribuíram à criação de empresas como Intel, Instagram, Google e Yahoo!, e que uma de cada quatro novas empresas tecnológicas foram impulsionadas por imigrantes.
Por isso, Obama considerou que a reforma migratória que saia do Congresso tem que também melhorar o sistema legal de vistos para que os EUA sigam sendo 'um imã para os melhores e mais brilhantes do mundo'.
Além disso, Obama defendeu as conquistas de seu Governo durante o primeiro mandato para reforçar a segurança na fronteira sul, com mais agentes no terreno e uma redução nos cruzamentos ilegais em quase 80% com relação ao ano 2000.
Além disso, salientou que as medidas policiais estiveram dirigidas principalmente à deportação de criminosos.
As propostas delineadas por Obama emanam do 'roteiro' que apresentou em maio de 2011, mas, ao contrário do que promove um grupo negociador de oito líderes do Senado, o líder prefere uma via mais direta rumo à eventual legalização dos imigrantes ilegais.
Sua esperança, disse, é que suas propostas sirvam de guia para que o Congresso atue sobre a reforma migratória este ano, apesar de reconhecer que 'haverá um debate rigoroso sobre os detalhes'.
A reforma migratória, uma promessa descumprida de Obama de 2008, conta com o respaldo de uma ampla coalizão de grupos hispânicos, cívicos, acadêmicos, religiosos, sindicais e empresariais, que considera que esta reforma é um imperativo 'moral' e 'econômico'.
O discurso de Obama serviu como tiro de largada de uma campanha pública nacional da Casa Branca a favor de uma reforma que permita a legalização de 11 milhões de imigrantes ilegais nos EUA. EFE
mp/rsd
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